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Íntima comunhão



Por vezes, quando alguém tem algo importante para dizer a um amigo ou mesmo por querer desfrutar da companhia deste ao longo de um tempo maior expõe: “espere um pouco” ou “fique aqui por mais alguns instantes”. De forma semelhante, o Senhor se dirigiu a Moisés de acordo com Dt 5.31: “Tu, porém, fica-te aqui comigo”.


A passagem bíblica versa sobre os preceitos que o Senhor direcionou para Israel desenvolver em Canaã, por meio do comissionamento como instrutor dado ao mencionado autor indireto do pentateuco.


Deus conhecia o coração de Moisés, bem como as intenções íntimas do antigo Israel com clareza, tanto que, no verso 29, o Senhor emitiu a respeito do povo: “Quem dera que eles tivessem tal coração, que me temessem e guardassem em todo o tempo todos os meus mandamentos”.


Na sequência do mencionado verso, o Altíssimo ordenou a Moisés: “Vai, dize-lhes: Tornai-vos às vossas tendas.”.


Antes dessas palavras, ainda, o mediador do povo narrou que todos os cabeças das tribos de Israel, assim como os anciãos foram até ele após ouvirem a voz de Deus no monte Horebe. Os referidos líderes chegaram a Moisés, por estarem perplexos em Deus falar e o homem não morrer instantaneamente; tal qual disseram, naquela ocasião, que ouviriam e cumpririam o que Deus preceituasse.


Embora o povo falasse o que percebera corretamente e o coração geral fosse de obediência a Deus, devido ao temor que o evento no monte causou, a inclinação para os propósitos divinos por Israel era passageira, pois a disposição para satisfazer a carne “falava mais alto” do que se submeter ao Eterno.


Deus não quis que o povo ultrapassasse os limites que foram estabelecidos no monte e até dos escolhidos para subir – Moisés, Arão, Nadabe, Abiú e setenta anciãos de Israel, Ex 24.1-2,9-10 – apenas Moisés alçou estar na presença de Deus efetivamente, Ex 24.12,16-18.


O Senhor conhecia seu servo intimamente e, em razão dessa convivência, confiou a Moisés ser o porta-voz dos mandamentos eternos, da chave que direcionava o homem à comunhão com o Criador. A sinceridade do “amigo de Deus” e a disposição em obedecer-lhe o fizeram aprovado para estar mais perto do Altíssimo do que qualquer homem natural esteve no decorrer da história.


Submeta-se a Deus, não tenha medo de expor o que sente para Ele. Confie que buscá-lo e se entregar ao senhorio divino absolutamente o aperfeiçoará e concorrerá para aumento da própria intimidade com o Senhor, com aquele que conhece o profundo do nosso coração mais do que nós mesmos o conhecemos.


Prof. Leonardo Rabelo Paiva

Escola de Formação Cristã - EFC/CEFA

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