Real purificação

A tribo de Levi era suprida por Deus no antigo Israel e, com isso, os sacerdotes recebiam a parte que lhes cabia do todo oferecido pelo povo em oferta ao Senhor, Nm 18.6-14; 1 Co 9.13. Antes, porém, de usufruírem do alimento, o Altíssimo determinou que os sacerdotes se banhassem em água, para purificação cerimonial que antecedia às próprias refeições, Lv 22.1-6.

O referido ritual representava a necessária purificação humana para se achegar ao Senhor, mesmo para aquele que ministra diante de Deus. Contudo, os religiosos de Israel interpretavam essa regra cerimonial extensivamente, como prática necessária para purificação de todo judeu em momento prévio ao se alimentar, Mc 7.3.

Em oposição a essa compreensão, Jesus expôs importar para Deus, de fato, a purificação interior do indivíduo, para que cada homem esteja limpo real e integralmente, Mt 15.1-10; Lc 11.37-41.

Em visão semelhante, sob orientação do Espírito, Paulo afirmou que “Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.”, Ef 5.25-27.

Logo, percebe-se, bíblica e historicamente, que rituais jamais nos aproximarão de Deus nos moldes de como acreditavam os religiosos no passado e em equivalente forma do que muitos confiam ainda hoje. Por outro lado, cabe buscarmos o verdadeiro lavar regenerador e santificador de Deus de acordo com outro ensino transmitido por Paulo, dessa vez, a seu filho na fé Tito:

“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador,”, Tt 3.4-6.

Prof. Leonardo Rabelo Paiva

Escola de Formação Cristã - EFC/CEFA