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Contraste da graça no vaso de barro

A excelência da criação é vista na natureza,no Salmos19,os céus proclamam a glória de Deus, mas o esplendor da glória do Criador é o seu Filho, Jesus Cristo.

“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as cousas pela palavra do seu poder….”(Hb 1.3).

A exuberante natureza demonstra os seus diferentes contrastes como um pintor, ao pintar a sua tela. No Éden, Adão nomeou os animais, saboreou os mais diversos sabores, descobriu o contraste das cores do nascer e do pôr do sol. A natureza era uma forma de relacionamento e ensinos de Deus ao homem.

“No Éden só havia um livro: o livro da natureza; todavia, com o pecado humano, a natureza também sofreu as consequências, ficando obscurecida, perdendo parte da sua eloquência primeva em apontar para o seu Criador”. (Maia, 2013)

No princípio Deus falava pessoalmente com o homem, a natureza foi testemunha desse relacionamento, após a queda do homem (Gn 3),Deus falou aos nossos antepassados por meio dos profetas(Hb1:1) e na plenitude dos tempos, a comunicação passou a ser de forma direta através de Jesus Cristo (Hb 1:2).

A natureza é exuberante mas Jesus Cristo é o resplendor da glória.

E entre ambos, o contraste, torna aquilo que já é belo em algo glorioso .

Antes de prosseguirmos, convido o leitor, a pensar sobre as definições de contraste. Quando uma comparação de uma mesma coisa, ou comparação de uma variável diferente, é feita para verificar diferenças consideráveis, isso é contraste.

Conforme informa, o site Infopédia, o contraste define as diferenças:

“Nas artes plásticas, o contraste verifica a oposição de tons, luz e sombra numa obra artística.

Na fotografia, a diferenças de tons ou de luz numa imagem.

Na ourivesaria a verificação do quilate do ouro e da prata.”

Na segunda epístola do apóstolo Paulo, aos Coríntios, ele comentou sobre o contraste de um vaso de barro carregando dentro de si algo valioso.

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” 2 Co 4:7

Isso implica no resplendor da glória guardado dentro de um vaso de barro.

O registro de 2 Co 4:7, se refere ao evangelho anunciado por vasos de barros, um tesouro inigualável, uma capacitação por um poder que vem apenas de Deus, comunicado ao homem que é representado por um vaso de barro.



Assim, o contraste da graça de Deus se manifesta aos homens, como o sol revela os seus raios na aurora e a lua ilumina o anoitecer.

O nascimento de Jesus foi predito por um anjo, o poder que vem de Deus foi entregue para um mulher desposada ( Lc 1:27).

Na cultura judaica da época do nascimento de Jesus, um casal desposado, eram noivos, mas um noivado que tinha a validade de um casamento.

Não havia intimidade sexual entre o casal pois o homem desposava a mulher, um ano antes, do casamento oficializado por uma cerimônia e neste período de, um ano, os noivos se preparavam para o casamento. No entanto, para a cultura judaica eles já possuíam entre si uma aliança de matrimônio.

O compromisso de desposar, uma mulher, era algo tão sério que se o noivo morresse antes de oficializar a união, a mulher era considerada viúva.

Imagine o que aconteceria se uma noiva aparecesse grávida!

Por isso, o anjo anunciou o estado de graça para, o noivo José, antes que ele deixasse secretamente, o vaso de barro, contendo o poder de Deus.

“E projetando ele isso, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu num sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; E dará à luz um filho e tu chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” Mt 1:22-23

Até, que enfim, o contraste da graça no vaso de barro é revelado, em Lucas 1:46-56.

O cântico de Maria: “Então disse Maria: "Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva."Lucas 1:46-48

O vaso de barro chamado Maria constata, o contraste da graça, em si. A mulher agraciada entoa um cântico engrandecendo, o Eterno, seu cântico louva o Senhor, em seu ventre o precioso tesouro de Deus, a excelência do poder contrasta com o vaso de barro.

Diante desta revelação o salmista poderia dizer: “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir.” Sl 139:6

O barro, uma matéria prima fornecida pela a natureza,é usado como uma alegoria para exemplificar que o homem foi formado do pó da terra(Gn 2:9), nos autoriza a conjecturar que Maria foi um vaso de barro que abrigou em seu ventre o Rei da Glória.

O contraste verificaria o extraordinário de Deus, o vaso de barro e o tesouro da glória que é Cristo em uma aliança.

Quando Jesus nasceu, a glória de Deus brilhou!

E, os contrastes, passaram a revelar de todas as formas possíveis, o Filho de Deus, uma estrela guiou os reis mago,um anjo apareceu aos pastores e quando se contemplaram os dias estabelecidos por Moisés para a purificação( Lc 2:22 ) Jesus foi levado para Jerusalém. Tudo que estava escrito na referida Lei, Jesus cumpriu, até mesmo quando era um bebê, e “Maria, atenta, guardava no coração tudo o que acontecia”( Lc 2:19).

Assim, o vaso e o tesouro precioso de Deus viveram os propósitos eternos.

O vaso sempre sendo lembrado que era barro mas que guardava dentro do seu coração, a Salvação, ainda quando estavam em Jerusalém, um homem chamado Simeão( Lc 2:25), que esperava a consolação de Israel, movido pelo Espírito Santo foi ao templo( onde Jesus está; o Espírito Santo também está) e quando esse homem cheio de Espírito Santo, viu Jesus, ele pegou o menino nos seus braços e entoou um cântico de adoração ao Senhor (onde Jesus está há adoração),e após seu cântico de louvor entregou-o, a Maria, profetizando:

“Eis que este menino está destinado tanto para a ruína como para levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição (também uma espada passará a tua própria alma),para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.”Lc 2:35

O contraste dessas palavras de Simeão, dilatou o coração de Maria como o vinho novo dilata o odre velho, mas a agraciada de Deus, sustentada pelas promessas, que educou o menino no caminho do Senhor, embora ele mesmo fosse o caminho,compreendeu que o contraste da história de Cristo passaria pela dor e o esplendor.

Ao ser humano foi conferido a graça de carregar um tesouro dentro de si, e é o contraste dessa graça que dá sentido a vida do vaso de barro.

Por toda,a Escritura Sagrada, Deus contrastou a sua sabedoria, riqueza e glória com a fragilidade do vaso de barro, mostrando aos sábios e aos néscios que o poder vem de Deus.

“Da boca dos pequeninos e crianças de peito suscitastes força(...)”Sl 8:2

Desde a primeira aurora da criação, o Criador, já sabia que a Igreja era desposada com Cristo, a sua excelência tornou, o Rei da Glória, um noivo totalmente desejável. A inefável graça motivou Jesus, a humilhar-se e despojar-se de toda a sua glória para confirmar o seu compromisso com a noiva.

Levamos o Evangelho, a mensagem do reino de Deus, em vasos de barro, isso para impedir que pensem que o incomparável poder de Deus seja nosso .

O vaso é de barro e precioso é Cristo, o noivo da Igreja.

A Igreja é composta de vasos de barro mas é vista diante dos olhos do Noivo, como a sua amada noiva desposada para desfrutar as bodas por toda a eternidade.

A natureza é o pano de fundo da união de Cristo com a Igreja e o resultado do contraste da graça operando no vaso de barro leva-o a dizer juntamente com o....

“O Espírito a noiva dizem: Vem”Ap 21:17

Diante dos contrastes da vida lembre-se o vaso é de barro mas a excelência do poder vem de Deus.

Resplandeça sobre a sua vida a luz de Cristo!

Deus abençoe

Paty Ferreira/Escada da Fé-2021

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