top of page

Escritor aos Hebreus

Atualizado: 29 de dez. de 2020


Uma das maiores revelações sobre Cristo e seu ministério salvífico foi estruturada por indivíduo que nenhum interesse tinha de projetar a própria imagem na Carta aos Hebreus, mas sim de exaltar a pessoa do Senhor e Salvador Jesus.


A superioridade do Redentor deste mundo sobre qualquer outra persona e/ou sacerdócio é verificável nas linhas da epístola, cuja autoria encontra-se velada por motivo que o homem desconhece.


A supressão da autoria da carta pode ser indicativo da abnegação do mencionado escritor quanto à própria notabilização, o que sugere intensa comunhão desenvolvida com Jesus, o servo por excelência, pois a exemplo do Senhor que é “humilde de coração”, Mt 11.29, o autor da epístola descortinou verdades espirituais profundas sem ter como alvo projetar a particular reputação.


João Batista exprimiu como lema similarmente: “Convém que ele cresça e que eu diminua.”, Jo 3.30. O mencionado caráter módico em Jesus e em João Batista pareceu existir no autor da Carta aos Hebreus igualmente.


Além desses modelos que viveram como nós neste mundo, ressalta-se um ensino de Cristo contido no início do Sermão do Monte, em que o Mestre dispôs: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.”, Mt 5.3.


Uma das palavras a se destacar na passagem é o adjetivo grego πτωχοὶ – traduzido como “humildes” ou “pobres” em nossas versões do fragmento bíblico acima. O vocábulo exprime a ideia de alguém que se agacha, que se encolhe, que adota posição em conjuntura inferior. A concepção no trecho de Mateus é que o indivíduo não altivo, aquele isento de arrogância, isto é, o homem e a mulher que não se fiam em justiça própria são felizes, porque desses é o reino dos Céus.


O ponto de vista exposto é de submissão a Deus, o qual se opõe ao orgulho e à prepotência característicos do indivíduo carnal. Inexiste a possibilidade de alguém repleto de si desfrutar de bênçãos espirituais plenamente nesta vida e de herdar a eternidade com Deus consequentemente, pois as graças referidas se destinam para os que reconhecem a miserável condição particular, se apartados do Senhor estiverem, e que dela procuram se desvencilhar em Cristo.


Glorifiquemos Jesus, ressaltemos seus feitos e seu maravilhoso nome, assim como fez o autor da epístola em destaque e tantos outros servos do Senhor no conteúdo bíblico neotestamentário. Logo:

 

“Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas, tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.”, Hb 1.1-4.

 

Prof. Leonardo Rabelo Paiva

Escola de Formação Cristã - EFC/CEFA

0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page