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O véu já foi


Do conteúdo bíblico, verifica-se o chamado divino para que alguns exercessem o mister de sacerdote e, naturalmente, lembramos de Arão e de Levi como precursores nesse ofício diante de Deus e do povo de Israel.

A função sacerdotal hebraica abrangia apresentar diante do Senhor holocaustos, ofertas de manjares, ofertas pacíficas, sacrifícios pelos pecados, sacrifícios pelas culpas, consagração de indivíduos e de utensílios e a condução do povo nas demais particularidades da santificação ritual e do culto a Deus de acordo com o livro de Levítico.


A referida mediação entre Deus e o homem, conforme instituto divino, era empreendida pela expressa família sacerdotal, bem como pelo efraimita Samuel depois. Porém, uma personalidade apareceu com a mesma função antes de todos eles, o rei de Salém Melquisedeque, Gn 14.18.


Moisés narrou que Melquisedeque era sacerdote do Deus Altíssimo, que ele alimentou e abençoou Abraão e que este reconheceu o ofício do rei de Salém no entregar-lhe o dízimo do despojo da batalha que desenvolveu contra o rei de Elão e os outros três reis aliados deste.


A gratidão de Abraão pela notável vitória dada por Deus e pelo refúgio em Salém fora expressa através do dízimo que entregou àquele que considerou ser o representante de Deus na citada terra, Melquisedeque.


Interessante que, muitos séculos depois, o viés político de governantes da judeia instituiu outros sacerdotes para o povo de Deus, os quais chegavam ao cargo sem o aval do Senhor, como foram os casos de Anás e de Caifás – líderes religiosos de Israel na época de Jesus, corrompidos pela ganância aristocrática vigente e que foram nomeados aos cargos por procuradores romanos no primeiro século.


Muito diferente desses é o sacerdócio de Cristo, instituído por Deus segundo a ordem de Melquisedeque, Hb 5.7-10. O autor dessa carta continuou em exprimir, no capítulo 7, que Jesus é garantidor de uma superior aliança, cujo sacerdócio é para sempre e imutável em contraste com o ofício sacerdotal a que diferentes pessoas foram feitas na anterior aliança, porque a morte os impedia de prosseguir na função.


O sacerdócio de nosso Deus e Cristo houve profetizado por Davi no Sl 110.4, o qual é perfeito, sem fraquezas, nem intenções escusas em sua missão. Importante frisar que, no verso 25 do capítulo 7 de Hebreus, o autor expôs Jesus viver sempre para interceder pelas pessoas que se chegam a Deus.


Posto isso, nosso alvo assumiu a plena função de sacerdote após a consumação do plano salvífico, cujo fato a assinalar o referido marco sacerdotal foi o rasgar do véu do santuário de alto a baixo após o Filho de Deus expirar, Mt 27.50-51.


Assim, os antigos ritos sacrificiais e as anteriores imposições judaizantes, isto é, os costumes da religião e das tradições judaicas estão destituídos de serem observados na concepção bíblica neotestamentária.


Jesus é nosso mediador e vive para isso. Por essa razão, deixe-se guiar pelo Espírito de Cristo e pela comunhão com Deus que Ele nos oportunizou conforme disse a irmã Dayane Damasceno em vídeo recente: “O véu foi rasgado. Pare de querer costurar o véu novamente!”. Adore o Senhor e viva a liberdade do Evangelho no temor de Deus, com decência e em observação dos valores divinos expressos em toda sua Palavra.


Prof. Leonardo Rabelo Paiva

Escola de Formação Cristã - EFC/CEFA

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