Soberba... Porquê? Se tudo nos é dado por Deus

Por que há a tendência do homem se tornar altivo por causa de conquistas ou de boas características pessoais que o distinguem de outros? Copiosa percepção de renda, fruir educação de qualidade, inteligência, possuir bens em quantidade e outras bênçãos deveriam servir aos propósitos divinos e não ao próprio prazer e arrogância.
Uma vez ser a nociva exposição realidade nestes dias, contar-vos-ei memória na qual um homem subsistiu como se animal fosse por sete anos em razão da soberba.
Não era hábito de governantes na história antiga registrar fracassos, nem derrotas, sequer humilhações diante de regentes mais poderosos, porém um documento da administração babilônia que fora redigido entre os anos de 604 a 562 a.C. possivelmente – período do reinado de Nabucodonosor II - revelou ânimo diferente desse monarca de acordo com o capítulo 4 do livro bíblico de Daniel.
O mencionado profeta era estadista na corte e, por isso, tinha acesso aos registros públicos, um dos quais transcreveu no seu livro entre os versos 1 a 37 do capítulo 4. Daniel começou da forma seguinte:
O rei Nabucodonosor a todos os povos, nações e homens de todas as línguas, que habitam em toda a terra: Paz vos seja multiplicada! Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo. (BÍBLIA, Daniel 4,1-2).
Nabucodonosor sonhara com uma grande árvore no meio da Terra, que crescia, tornava-se forte e era vista até os rincões do mundo. Na árvore, achava-se provisão para todos – animais do campo e aves desfrutavam de sua sombra e de seus frutos. Porém, um ser angelical desceu do céu clamando: “Derribai a árvore, cortai-lhe os ramos, derriçai-lhe as folhas, espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela e as aves, dos seus ramos.” (BÍBLIA, Daniel 4,14).
Outro juízo proclamado pelo ser angelical foi de que o coração do sentenciado não mais seria de homem, mas sim de animal durante sete tempos. De acordo com o que fora determinado no sonho, disse-se ainda:
Esta sentença é por decreto dos vigilantes, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quer e até ao mais humilde dos homens constitui sobre eles. (BÍBLIA, Daniel 4,17, grifo nosso).
A interpretação que Deus dera a Daniel foi de que a árvore era o próprio Nabucodonosor, que crescera e se tornou forte, entretanto o Senhor expulsaria o monarca de diante dos homens e esse moraria com os animais do campo, comeria ervas como um boi e estaria no tempo, molhado pelo orvalho do céu.
Doze meses depois, o rei da Babilônia se vangloriou, por meio de palavras, com a imponência das grandes edificações que empreendera. Então, conforme (BÍBLIA, Daniel 4, 31-33):
desceu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino. Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer. No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de entre os homens e passou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as das aves.
O termo do relato foi que, ao final daqueles dias, Deus devolveu o entendimento ao rei e esse glorificou o Senhor, porque o Altíssimo tem domínio eterno sobre toda a Terra. E externou o rei babilônio: “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.” (BÍBLIA, Daniel 4, 37).
Reconheçamos que o que temos e nos tornamos são dádivas de Deus e, assim, utilizemos os dons materiais e as capacitações desenvolvidas pelo Espírito Santo em nós particularmente para cooperação nos propósitos de Deus nesta Terra.
Prof. Leonardo Rabelo Paiva
Escola de Formação Cristã - EFC/CEFA